Amortização de Dívida: O que você precisa saber

Aprenda tudo sobre a Amortização: o que é, como funciona e como fazer!

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Amortização é um termo muito comum no universo das finanças. Porém, muitas pessoas não sabem o que significa, para que serve e nem como fazer a amortização do saldo devedor.

Pensando nisso, escrevemos esse artigo para que fique bem claro para você tudo o que diz respeito à amortização de dívida.

Se você quer entender mais sobre o assunto, não deixe de ler este artigo.

O que é Amortização?

Muito se fala sobre amortização de empréstimo ou de contrato. Mas pouco é divulgado sobre os cuidados e detalhes aos quais você deve se atentar antes de fazer isso.

Amortização nada mais é do que a redução de uma dívida.

Por exemplo, se você toma um empréstimo ou financiamento para pagar parcelado, à medida que começa a pagar as parcelas, ocorre a amortização daquela dívida. Ou seja, o valor total é diminuído conforme os pagamentos das parcelas acontecem.

Na verdade, em alguns casos, o valor da dívida pode diminuir, mas os juros e encargos não. No entanto, isso dependerá do tipo de contrato assinado.

Por essa razão, você precisa entender o que significa amortizar as parcelas, para só então escolher a forma mais adequada de fazer isso.

Vale dizer que não existe uma única forma melhor de amortizar um financiamento. Existe aquela que é a mais adequada à sua realidade financeira.

Conheça os tipos de Amortização

Existem 7 maneiras diferentes de se amortizar um financiamento ou empréstimo. Dois deles, são os mais comuns: Tabela Price e SAC.

Aqui falaremos um pouco de todos para que você entenda o que pode encontrar pela frente.

Tabela Price

Nessa modalidade, o valor da dívida parcelada pode aumentar no decorrer do contrato vigente.

As primeiras parcelas geralmente são compostas de juros e taxas e o valor principal da dívida começa a ser abatido só depois de alguns meses. No entanto, as parcelas possuem valor fixo e são calculadas de acordo com a Taxa Referencial (TR), que sofre redução com o passar do tempo.

Essa modalidade é a mais usada para financiamento de automóveis ou compras no crediário.

Para que fique ainda mais claro, veja o exemplo:

Um empréstimo de R$ 1 mil que deverá ser pago em 10 parcelas de R$ 100 será acrescido de juros constantes de 5%. Assim, as parcelas mensais terão valor de R$ 150,00 e a dívida, terá valor total de R$ 1.500,00.

Lembre-se de que os juros usados no exemplo fazem parte de uma suposição, pois cada instituição negocia os próprios juros.

SAC

SAC significa Sistema de Amortização Constante e nessa modalidade o modelo aplicado é o de juros sobre juros.

Vale ressaltar que esse modelo inclusive é o mais usado nos financiamentos nos dias de hoje.

Nessa modalidade, o valor da amortização a cada prestação é o mesmo, mas o valor mensal pode variar.

Nos primeiros meses, as parcelas tendem a ser mais altas, e, à medida que o tempo passa, elas podem ter valores reduzidos. É o tipo de financiamento que vai reduzindo as parcelas.

Por exemplo: Primeira parcela de R$ 1.00,00, a segunda de R$ 980,00, a terceira de R$ 960,00 e assim por diante.

Veja as outras modalidades existentes, mas não tão comuns:

SAM

É o Sistema de Amortização Misto, que consiste em usar tanto o SAC quanto o Price. Nessa modalidade é realizada uma média aritmética das parcelas obtidas pelos sistemas SAC e Price.

A parcela a ser paga não varia tanto quanto na modalidade SAC, mas também não é fixa, como na modalidade Price.

A dica para quem opta por esse tipo de amortização é manter o planejamento financeiro rigoroso, já que as parcelas sofrerão aumento com o passar do tempo.

Pagamento Único

Como o próprio nome diz, nessa modalidade, o pagamento é realizado de uma só vez. O valor integral é pago em parcela única, acrescido de juros.

Pagamento Variável

Aqui, a amortização consiste em pagamentos periódicos, de valores variáveis, de acordo com a condição do pagador.

Temos como exemplo, o crédito rotativo do cartão de crédito, em que as variações dos juros e taxas dependem de cada instituição financeira.

SAA

No SAA, as primeiras parcelas correspondem aos juros. O pagamento do valor emprestado é feito em parcela única.

Em outras palavras, primeiro deve ser pago o valor dos juros durante um período, e ao final, todo o valor tomado emprestado é pago de uma vez.

A vantagem dessa modalidade é não haver alterações no valor final da dívida e nem das parcelas.

Sistema Alemão

Nesse tipo de amortização ocorre antecipação dos juros, mas o valor das prestações é igual.

Nessa modalidade, a primeira parcela corresponde somente ao valor de juros. Uma das características principais desse tipo de amortização é que as taxas de juros são decrescentes e isso faz com que o valor final da prestação também seja diminuído.

Atenção: saiba quais as taxas envolvidas na amortização

A taxa de amortização é a porcentagem líquida do dinheiro que foi concedido como empréstimo.

Mas vale lembrar que ao efetivar a amortização, você não paga somente o valor emprestado, paga também juros, impostos, seguros e comissões do banco ou instituição financeira que realizou o empréstimo.

A taxa de amortização varia conforme a modalidade do empréstimo ou financiamento. Além disso, a taxa de amortização pode sofrer variações de redução ou aumento, dependendo do tipo de contrato vigente.

Assim, a taxa de amortização pode ser pré-fixada e determinada na hora da assinatura do contrato. Ou pós-fixada, que é aquela que acompanha os indicadores econômicos como por exemplo, a taxa Selic, inflação e etc.

Eu mesmo posso calcular a taxa de amortização?

Sim, você mesmo pode calcular o valor da taxa de amortização do financiamento, mas para isso é necessário ter em mãos todas as informações do contrato.

Na prática, para calcular a taxa de amortização basta dividir o valor da dívida pelo número de meses contidos no acordo.

Veja esse exemplo:

Imagine que você financiou a compra de um imóvel de R$ 200 mil em 120 meses, com 0,68% de juros ao mês:

  • AMORTIZAÇÃO = 200 MIL / 120 = 1.666,67
  • 1° parcela: R$ 1.666,67 + 0,68% * 200.000 = R$ 1.360,00
  • 2° parcela: R$ 1.666,67 + 0,68% *(200.000 -1 * 1.6666,67) = R$ 1.348,66
  • 3° parcela: R$ 1.6666,67 + 0,68% * (200.000 – 2* 1.6666,67) = 1.337,33

E assim por diante.

Na dúvida, vale pedir ajuda do banco ou instituição financeira do empréstimo ou ainda de um advogado especializado nesse assunto.

Qual o tipo de amortização mais indicado para mim?

Se você já tem um contrato vigente, deseja amortizar a dívida, mas não tem ideia do que foi acordado, antes de solicitar a amortização, entenda o que diz as cláusulas acordadas. Só assim você será capaz de saber se vale amortização vale a pena para este caso ou não.

Caso você ainda esteja pensando em fazer um empréstimo ou um financiamento, agora é o momento de pesquisar acerca das condições oferecidas pelo banco ou instituição financeira.

Dessa forma, veja o que você precisa fazer:

  • Avalie o prazo de pagamento oferecido e analise se as parcelas cabem no seu orçamento atual.
  • Pesquise mais sobre o sistema de amortização usado pela instituição financeira.
  • Avalie suas condições financeiras no momento, e faça simulações de qual sistema poderá impactar mais o seu bolso.

Só depois de analisar essas situações e entender as modalidades oferecidas pelas instituições financeiras, você poderá optar por um sistema que seja mais adequado à sua necessidade.

Quando devo optar pela amortização de uma dívida?

Como a amortização é a redução da quantidade de parcelas, isso significa que você deseja quitar a dívida.

Mas será que quitar uma dívida é sempre a melhor opção?

Embora a amortização seja sempre desejada, nem sempre se trata da melhor opção.

É claro que a amortização traz algumas vantagens, como:

  • Redução do valor das prestações,
  • Possibilidade do pagamento da dívida adiantado,
  • Maior segurança financeira,
  • Aquisição de outros investimentos ou financiamentos ao mesmo tempo.

Mas também pode trazer algumas desvantagens, como:

  • Em alguns sistemas, as primeiras parcelas acabam sendo bem maiores que as demais,
  • Em outros sistemas, a prestação cresce com o tempo e isso dificulta o pagamento mais rápido da dívida,
  • Exige maior planejamento financeiro, já que seu dinheiro estará comprometido com o pagamento das parcelas por um bom tempo.

É melhor optar pela amortização total quando a dívida é ativa. Como dívida ativa, entende-se qualquer débito com órgãos públicos federais, como Receita Federal, Ministério do Transporte, do Trabalho, INSS, Multas Eleitorais, etc.

Inclusive é possível usar o FGTS para amortização de dívidas, mas não é sempre que essa opção fica disponível. Isso porque é uma opção muito usada para casos de financiamento imobiliário. Nesses casos, o melhor é conversar com a instituição financeira para entender qual o melhor cenário.

Passo a passo para amortização de dívida

Primeiro é necessário que você entenda que só de pagar as parcelas mensais de seu empréstimo ou financiamento, já está fazendo amortização.

Porém, é possível fazer amortização pagando valores avulsos, como por exemplo as últimas parcelas. E ainda é possível verificar qual o valor que ainda falta a ser pago e quitá-lo todo, acabando de uma vez por todas com aquela dívida.

A maioria das pessoas acaba optando por quitar o valor total antecipadamente, mas para que essa seja uma decisão acertada, não se esqueça de avaliar os pontos listados no tópico anterior.

Lembre-se de que cada sistema de amortização possui seus procedimentos e regras.

Mas basicamente, para amortizar uma dívida, você precisa seguir os seguintes passos:

  • Confira na instituição financeira qual o sistema de amortização disponível e faça os cálculos do valor que deverá ser levantado para pagamento da dívida,
  • Verifique a possibilidade de uso do FGTS para quitação da dívida,
  • Decida o que prefere no momento: antecipar o pagamento total ou de parcelas adiante.

Pode ser que após entender o sistema de amortização disponibilizado pela instituição financeira, você considere mais vantajoso investir o dinheiro da dívida ao invés de quitá-la no total. Dessa forma, caso isso aconteça, você continuará pagando as parcelas até o fim do contrato.

Agora que você já sabe dessas informações, já está apto a tomar as melhores decisões financeiras.

Espero que este artigo tenha conseguido te esclarecer um pouco mais sobre a amortização de dívidas. Não se esqueça de deixar sua avaliação logo abaixo.

Até breve!