Hoje em dia falar em problemas financeiros já virou rotina, uma questão comum, todo mundo tem.
O que não pode ser trivial é o estresse, a dor de cabeça, sentir que tudo está desmoronando
Sem falar que a falta de dinheiro, o aperto que resulta no problema financeiro pode afetar demais, o nosso relacionamento afetivo, nossas relações sociais e, principalmente, nosso ambiente de trabalho.
Por essa razão, criamos este post, por que é preciso compreender de fato como a saúde financeira de todos pode nos impactar.
O número de famílias que se encontram com dívidas, inadimplentes chegou a cerca de 80% no final do ano de 2022.
Os dados foram divulgados pela Peic – Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo – CNC.
De acordo com informações do site Agência Brasil, a porcentagem de famílias inadimplentes era de 30,3% no final de 2022.
Apenas 10,9%, das famílias tiveram condições de pagar suas contas no ano de 2022.
Esse resultado pode ser por causa do atual momento da nossa economia? sim, mas essa não é a única razão.
Há outros fatores que contribuem fortemente para esse número tão expressivo.
3 problemas financeiros que impactam a nossa vida
1. Desemprego
Embora a taxa de desemprego tenha caído bastante, 15,6%, no segundo trimestre de 2022, número que representa 1,9 milhão de pessoas a menos que no ano de 2021, a substituição de mão de obra por máquinas, a baixa capacitação da população, são elementos que ainda assustam muito a população desempregada.
A crise do coronavírus foi também um dos os motivos que favoreceu a escassez de emprego.
Por isso, que as taxas de desemprego no Brasil sofrem consideráveis oscilações nesses últimos anos.
Observe o quadro:
Desemprego
- Desempregados(desocupados)
9,5 milhões
3º trimestre 2022
- Taxa de desemprego(desocupação)
8,7%
3º trimestre 2022
- Desalentados
4,3 milhões
3º trimestre 2022
- Taxa de subutilização
20,1%
3º trimestre 2022
2. Endividamento
Geralmente o endividamento ocorre quando surge o imprevisto, e não há como pagar, quando ocorre o desemprego ou quando se compra mais do que se pode pagar.
Para especialistas, as principais causas do endividamento são:
. aumento da inflação, e
. diminuição do poder de compra.
O ideal para que isso não ocorra é a gente criar o hábito de poupar “para os momentos mais difíceis”, como se dizia antigamente.
A reserva financeira deve acontecer quando estamos num bom momento, pois, qualquer imprevisto pode causar grandes problemas.
3. Inadimplência
Uma coisa leva a outra. Se há endividamento, certamente algumas contas ficarão para depois. Ou seja, a inadimplência acontece aí.
Sem querer ser repetitivos, vamos conhecer o que causa a inadimplência:
. aumento do desemprego,
. renda familiar em decréscimo,
. querer ajudar e fazer compras no próprio nome para amigos e familiares,
. muitas pessoas não sabem o que significa a educação financeira,
. ausência total de controle nos gastos,
. não saber ou não conseguir investir, ainda que ganhe muito bem,
. ter hábitos que não condizem com a realidade,
. salários atrasados,
. problemas de saúde,
. uso inadequado do cartão de crédito: se este é o seu problema:
cancele seus cartões de crédito,
diminua o limite de seu crédito,
tenha muita consciência financeira.
investimentos fracassados ou mal planejados,
excesso de consumo,
muitas opções por dívidas parceladas: isso geralmente ocorre porque:
há facilidade de consumo em excesso,
cria endividamento em longo prazo,
a mercadoria, na maioria das vezes, sai mais cara,
você paga mais caro,
não dá espaço para a organização financeira.
Vamos reverter esse quadro?
Como falamos no início, problemas financeiros podem nos afetar emocionalmente de várias formas, como
. o desconforto físico e emocional, como irritação, angústia por não conseguir satisfazer as suas necessidades básicas.
. estresse que é grande consequência dos problemas financeiras.
. as relações interpessoais, a vontade de ficar isolado, sem vontade de sair, aliás nem dinheiro tem para isso. Em relação às pessoas próximas como os relacionamento afetivos, nossos filhos, certamente, sofrem com essa situação é uma experiência difícil.
. autoestima pequena: querendo ou não a comparação acontece e, ao ver pessoas bem, sem dívidas, provavelmente a vontade de ter condições para isso acontece.
. desalento emocional: emoções fortes em breves momentos do dia, sentir-se sobrecarregado, sem tempo para nada é resultado dos problemas financeiros.
Uma coisa é certa: problemas financeiros não são só causados por irresponsabilidade.
São vários fatores que deflagram essa situação. Além disso, os problemas variam de pessoa para pessoa. O que não pode acontecer é nos deixar levar por pensamentos nos momentos de crise.
Pensar positivamente já é o primeiro passo para resolver o problema.
Por isso, não podemos permitir que certas crenças e sentimentos tomem conta de nossos pensamentos.
O que não deve acontecer
Culpa: jamais devemos nos culpar quando as condições financeiras não são favoráveis,
Vergonha: o fato de estar em situação financeira ruim não pode ser motivo para alimentar esse sentimento,
Medo: nunca nos esconder. Encarar os problemas financeiros é sempre a melhor solução. Além disso, a busca por soluções para sanar as dívidas é um bom remédio.
O que é saúde financeira?
A saúde financeira está relacionada aos nossos hábitos e aos nossos comportamentos, ou seja, a forma com a qual lidamos com o dinheiro.
Para que possamos adquirir uma vida financeira relativamente saudável, é preciso ter sempre as finanças equilibradas.
Isso quer dizer que a cada mês vamos conseguir pagar todas as contas fixas como as esporádicas e as faturas integrais do cartão de crédito, que é o ponto nefrálgico da vida financeira.
Em decorrência, os gastos essenciais, despesas não essenciais e até os gastos inesperados poderão ser previstos.
A saúde financeira não tem nada a ver em ganhar muito ou pouco, é possível acontecer a todos.
Por isso que o controle financeiro deve ser adequado à realidade e às possibilidades de todos nós.
A verdade é que, quando estamos saudáveis financeiramente, o dinheiro passa a ser nosso aliado.
Querendo ou não é o nosso dinheiro, fruto do nosso trabalho que nos permite custear nossa vida, planejar viagens, ter saúde, presentear, aproveitar momentos de lazer e jamais nos sentir culpados pelos benefícios que o dinheiro nos traz e, sobretudo planejar com mais tranquilidade até na nossa aposentadoria.
Diferença entre saúde financeira e educação financeira
Saúde e educação financeira podem parecer a mesma coisa, mas não são.
Educação financeira: sermos educados financeiramente significa à quantidade de informação que utemos para saber se relacionar com o nosso dinheiro.
Saúde financeira: saber praticar a educação financeira, ou seja, de que maneira devemos administrar nosso dinheiro.
A saúde financeira e educação financeira caminham de mãos dadas, porque uma impacta a outra, uma é decorrência da outra
O que fazer para resolver problemas financeiros?
Não há bem que sempre dure, nem mal que nunca se acabe
Conseguir equilibrar as finanças, pagar todos os débitos, conseguir limpar o nome (se for o caso), ter novamente nome bom no mercado.
É possível conseguir? Sim, todos nós iremos conseguir.
Ainda que seja difícil e, talvez, demorado, é possível sim.
Para isso é preciso também
. saber direitinho qual é a causa do endividamento,
. conhecer o valor total da sua dívida,
. saber quais são os credores,
Técnicas para evitar gastar seu dinheiro
. deixar seu cartão em casa,
. sair com uma quantidade limitada de dinheiro,
. cancelar os demais cartões de crédito,
. não entrar em lojas e estabelecimento que podem levar ao desejo de compras,
. criar novos hábitos,
. entender o que é finanças,
. aprender sobre educação financeira,
. criar metas para guardar dinheiro,
. ter confiança e estima,
. ter organização.