Crédito rotativo: saiba como funciona

É um tipo de crédito oferecido ao consumidor quando ele não faz o pagamento total da fatura do cartão até o vencimento. Quer saber mais sobre o Crédito Rotativo?

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Você sabe como funciona o crédito rotativo? Adianto que esse é um dos créditos mais perigosos para sua saúde financeira, pois em pouco tempo sua dívida cresce exponencialmente!

É comum que quando alguém entra no rotativo, não consiga sair mais. Então, continue lendo para entender mais sobre como funciona o crédito rotativo, como evitar e como sair dele!

O que é crédito rotativo?

O crédito rotativo é um tipo de crédito oferecido aos clientes que não conseguem quitar o valor total da fatura do cartão de crédito até o vencimento. Assim, é o tipo de crédito utilizado quando se escolhe pagar o valor mínimo da fatura.

Dessa maneira, o valor não pago se transforma em um empréstimo, tendo seu valor lançado na fatura do mês seguinte corrigido pelos juros. Portanto, o crédito rotativo nada mais é do que você ter que pagar juros sobre o saldo não pago da sua fatura.

Por ser um crédito de curtíssimo prazo e utilizado em situações que demonstra que o cliente está com a saúde financeira ruim, os juros do rotativo estão entre os mais caros, podendo fazer sua dívida mais do que quadruplicar de tamanho em apenas 1 ano.

Aliás, é por ser tão expressivo como a dívida pode crescer, que o Banco Central (BC) e o Conselho Monetário Nacional (CMN) tiveram que intervir e estabelecer regras para tentar frear o endividamento das famílias.

Como funciona o crédito rotativo?

Como visto, o crédito rotativo funciona como um empréstimo emergencial que você aciona automaticamente ao pagar um valor menor do que a fatura do cartão.

Por exemplo, digamos que você tem uma fatura de R$ 2.500 para pagar. Contudo, você apenas tem condições de pagar R$ 500. Os bancos permitem que você pague apenas esse valor. O que acontece com os outros R$ 2000?

Esse valor restante se transforma em um empréstimo (o crédito rotativo). Assim, os R$ 2000 serão cobrados novamente na fatura do mês seguinte acrescido dos juros.

A taxa de juros depende de cada instituição financeira, mas em todas a taxa será extremamente alta. Pensando em uma taxa de 13% ao mês, os R$ 2000 terão se transformados em R$ 2260 — em um ano, essa dívida crescerá para R$ 8.669,05!

Lembrando que o saldo devedor continuaria consumindo seu limite, ou seja, ao ter pago apenas R$ 500 da fatura, você terá somente esse mesmo valor liberado. Se você tiver um limite de  R$ 2500, você terá apenas R$ 500 para usar, uma vez que o restante ainda deverá ser pago.

Quais as novas regras do crédito rotativo?

No tópico anterior mostrei como uma dívida de R$ 2000 pode chegar a quase R$ 9 mil em apenas um ano por causa das taxas altíssimas do crédito rotativo.

É por isso que o Banco Central estabeleceu em 2017 novas regras para esse tipo de crédito. Na regra antiga, o cliente podia pagar um mínimo de 15% e o restante era lançado na fatura seguinte.

Como o juros é muito alto, raramente o cliente conseguia quitar o saldo logo no mês seguinte. Assim, ele se vê novamente na necessidade de pagar o mínimo da fatura, uma vez que a dívida se somava aos outros gastos — ou seja, uma bola de neve.

Então, a nova regra estabelece que o cliente só pode ficar no rotativo por 30 dias. Caso o cliente precise novamente do crédito no mês seguinte, a administradora do cartão é obrigada a oferecer uma condição de parcelamento com juros menores.

Entretanto, essa regra não é perfeita. Por não ter critérios específicos, as instituições têm liberdade para definir o número de parcelas e taxas cobradas.

Assim, acaba que algumas empresas exigem prazos muito longos. Quanto maior o prazo, maior são os juros e o período em que a renda do cliente fica comprometida.

Em suma, o que mudou com as novas regras do crédito rotativo é que o consumidor não pode ficar prolongando o pagamento usando o crédito rotativo. Agora as empresas devem oferecer outras opções de financiamento — o que não quer dizer que seja uma opção vantajosa, pois os juros continuam bastante altos, variando de 0,99% a 9,99% ao mês.

Vale a pena usar esse tipo de crédito?

O crédito rotativo nunca vale a pena. Afinal, em pouco tempo sua dívida cresce muito mais rápido do que sua capacidade de pagar e de aumentar sua renda.

Por isso, é crucial evitar a todo custo pagar o mínimo da fatura. Se precisar de recursos para quitar o cartão, pode fazer mais sentido ir atrás de um empréstimo pessoal, que possui juros menores e você pode comparar entre diferentes ofertas.

Os riscos de usar o rotativo do cartão?

Há diversos riscos de usar o rotativo do cartão. Como demonstrado, a dívida do cartão cresce exponencialmente e, por isso, é comum que quando a pessoa entra no rotativo não consegue sair mais.

Mesmo com as opções de financiamento, dívidas no cartão de crédito podem atrasar muito a conquista dos seus objetivos. Isso porque sua renda ficará comprometida por muito tempo para pagar esses débitos.

Assim, o crédito rotativo é o ingrediente perfeito para perder o controle financeiro e ficar até o pescoço de dívidas.

Como se livrar das dívidas com cartão de crédito?

Caso você se veja na situação de ter que recorrer ao rotativo, pense duas vezes. Atualmente há diversas outras opções de financiamento, como já mencionado o crédito pessoal e consignado.

Assim, para se livrar das dívidas do cartão de crédito é importante: verificar os juros cobrados, somar toda a dívida atual e comparar com outras alternativas.

Sabendo os juros e o saldo devedor da dívida, você poderá solicitar um empréstimo pessoal, por exemplo, com juros menores. Dessa maneira, você pode negociar com a administradora do cartão um desconto para antecipar as parcelas da dívida ao quitar o saldo devedor à vista.

Com isso, você reduz o valor da dívida e as taxas de juros, e ainda pode conseguir melhores condições de pagamento.

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