Entenda de uma vez o que é preciso para abrir o seu negócio!
Abrir uma empresa é o objetivo de grande parte dos brasileiros, que almejam ser donos do próprio negócio e, além disso, ter altos faturamentos. Se você faz parte desse grupo, este artigo é para você!
Aqui, vamos te mostrar o passo a passo para abrir uma empresa.
Passo a passo para abrir uma empresa
Esse processo envolve diferentes etapas e um vasto planejamento. Felizmente, você pode seguir os passos abaixo para facilitar a abertura e planejamento da sua empresa!
1 – Antes de abrir sua empresa, sintetize um plano de negócio
Um bom plano de negócio deve funcionar como um roteiro, que prevê o funcionamento da sua empresa. Essa estratégia facilitará a consolidação e futura expansão do seu negócio.
Para sintetizar um bom “roteiro”, você deve pensar sobre os seguintes aspectos:
- Descrição, diferencial e objetivo do seu empreendimento,
- Os produtos, serviços e os principais benefícios,
- Público-alvo,
- Análise de mercado e da concorrência,
- Análise de fornecedores,
- Plano de marketing,
- Plano operacional,
- Plano financeiro.
2 – Decida sobre o modelo de negócios da sua empresa
As empresas são categorizadas em diferentes modelos, que devem representar o seu objetivo, porte e estrutura em geral. Por isso, você deve analisar bem essas divisões e decidir em qual delas a sua empresa se enquadra. São elas:
Franquia
As franquias funcionam como um modelo de distribuição e comercialização de produtos ou serviços, no qual o proprietário de uma marca, franqueador, cede a outra pessoa, franqueado, o direito de vender e distribuir seus produtos, sua marca e sua patente.
Alguns exemplos de franquia são O Boticário, Cacau Show e McDonald’s.
Assinatura
Esse modelo funciona, basicamente, a partir de uma assinatura que concede o acesso do usuário a produtos ou serviços, mediante uma taxa recorrente.
Alguns exemplos mais conhecidos são Spotify, Netflix e Amazon Prime.
Freemium
As empresas que operam sob esse modelo funcionam como uma espécie de assinatura: elas oferecem um serviço gratuito, mas com limitações e uma versão Premium, completa e paga.
Exemplos: Spotify, YouTube e Duolingo.
Marketplace
Essa categoria de empresa opera de modo que varejistas alugam para vendedores independentes, profissionais ou particulares, um espaço no seu marketplace, ou loja, seja ele virtual ou físico.
Exemplos: Amazon, Airbnb e Buscapé.
Economia Colaborativa
As economias colaborativas conectam interesses econômicos e oferta de serviços ou produtos de diferentes empresas. Assim, forma-se uma rede de soluções para os clientes.
Exemplos: Airbnb, Uber e 99.
3 – Contrate um contador de confiança
Depois de estudar bem o mercado, levantar seus gastos e definir o local da empresa, é hora de abri-la! Para isso, você pode entrar em contato com um escritório de contabilidade com experiência em abertura de micro e pequenas empresas.
Ao contratar um contador, você terá acessos a informações importantes sobre o planejamento da sua empresa. Além disso, o profissional será o responsável por confeccionar e emitir os documentos exigidos pelos órgãos públicos.
4 – Defina o porte da empresa: MEI, ME ou EPP
Os portes mais comuns de empresa são divididos nas categorias:
MEI
O MEI, microempreendedor individual, é uma figura jurídica que trabalha por conta própria e tem um modelo de empresa cujos faturamentos não ultrapassam R$81 mil anuais. Essa categoria é a mais básica no quesito de classificação de empresas no Brasil.
Além disso, o MEI é indicado para profissionais autônomos, visto que não permite a contratação de mais de um empregado ou a atuação de sócios.
ME
A opção de Microempresa (ME) oferece mais possibilidades. Com ela, é possível ter um ou mais sócios, faturar até R$360 mil por ano, escolher entre atividades que contemplam a grande maioria das empresas e emitir quantas notas quiser.
Como ME, seu negócio também pode fazer parte do Simples Nacional, um regime de tributação que unifica 8 impostos em uma única guia por mês, a DAS. Isso, de fato, simplifica a sua vida como empresário e facilita manter a regularidade da sua empresa.
EPP
As Empresas de Pequeno Porte, EPPs, são aquelas que faturam entre R$60 mil e R$4,8 milhões ao ano.
5 – Defina a Natureza Jurídica da empresa: EI, SLU ou LTDA
A natureza jurídica de uma empresa define a sua forma de constituição. Ela abrange o número de sócios, a participação de cada um na empresa e o capital inicial.
Essas informações ficam disponibilizadas no contrato social.
As principais naturezas jurídicas são:
Empresário individual – EI
O certificado de Empresário Individual, EI, permite a atuação empresarial sem sócios, assim como o MEI. Porém, diferentemente do Microempreendedor Individual, o EI possibilita faturamentos anuais de até R$4,8 milhões, como Empresa de Pequeno Porte (EPP), ou de até R$360 mil, como Microempresa (ME).
Além disso, o EI não limita o número de contratações de funcionários e conecta o empresário à empresa profundamente: o patrimônio da empresa e da pessoa física estão conectados, e a responsabilidade das dívidas inclui os bens individuais do empresário. O último aspecto também é compartilhado pelo MEI.
O EI é recomendado para profissionais autônomos que pretendem contratar mais do que um funcionário e obter faturamentos maiores do que os permitidos pelo MEI.
SLU – Sociedade Limitada Unipessoal
A SLU, Sociedade Limitada Unipessoal, além de permitir que o empreendedor atue sem um sócio, tem como vantagens:
- Proteção do patrimônio pessoal, em caso de dívida da empresa,
- Exige um baixo valor do Capital Social.
Essa modalidade é destinada aos trabalhadores que exercem profissões regulamentadas, como médicos e engenheiros, e permite um faturamento anual de até R$4,8 milhões.
Para abrir uma SLU, é necessário ter mais de 18 anos ou ser emancipado e não pode ter MEI ou EI.
LTDA – Sociedade Limitada
As Sociedades Limitadas são empresas formadas por dois ou mais sócios que contribuem com a formação do capital social. A responsabilidade dos sócios é restrita ao valor do capital social e não há valor mínimo pré-estabelecido.
6 – Defina as atividades a serem exercidas (CNAEs)
As atividades da empresa são fundamentais para que você possa efetivar o planejamento do seu negócio.
Esse aspecto também pode ser abordado junto ao contador, que irá enquadrar as atividades em códigos chamados de CNAEs – Classificação Nacional de Atividades Econômicas, tabela disponibilizada pelo IBPG.
7 – Decida-se acerca do regime tributário: Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real
O regime tributário de uma empresa é o sistema que define a cobrança de impostos do CNPJ, a variar de acordo com o faturamento. Ele divide-se em:
Simples Nacional
O Simples Nacional é um programa simplificado de arrecadação de impostos que reúne oito tributos, Municipais, Estaduais e da União, em uma guia com vencimento mensal. Assim, ele facilita a vida do micro e pequeno empresário que faturam até R$4,8 milhões ao ano.
Por isso, essa opção é a mais vantajosa para quem está começando.
Lucro Presumido
Ao optar pelo Lucro Presumido, a sua empresa pode faturar até R$78 milhões ao ano. Porém, com ele, o pagamento de impostos não é unificado: podem ser 5 ou mais guias de pagamento independentes (IRPJ, CSLL, PIS, COFINS e ISS) com vencimentos diferenciados.
Além disso, a alíquota de imposto varia entre 10,93% e 16,33% sobre o faturamento.
Lucro Real
Com o Lucro Real, a cobrança dos tributos IRPJ e CSLL considera apenas o lucro real da sua empresa. Dessa forma, ao optar por essa alternativa, é preciso ter todas as contas e balanços conciliados com exatidão, regularmente.
Vale lembrar que as guias também são recolhidas separadamente, e o PIS, COFINS e ISS incidem sobre o faturamento total da empresa, podendo ter uma sistemática diferente de cálculo.
Algumas empresas são obrigadas a se enquadrar no Lucro Real, seja pela atividade ou pelo faturamento. Esses negócios contam com receita bruta anual superior a R$78 milhões, por exemplo.
8 – Elabore o contrato social
O Contrato Social de uma empresa é um registo de todos os dados básicos do negócio. Esses dados podem ser acerca dos sócios, do endereço da sede
e do ramo de atuação, por exemplo.
Esse documento é indispensável para o registro da sua empresa nos órgãos públicos. Por isso, é muito importante que ele seja elaborado junto aos socios.
9 – Registre a sua empresa na Junta Comercial
Esse passo é mais prático e burocrático: ele envolve a documentação da sua empresa.
Os documentos podem variar de acordo com o estado ou cidade, visto que esse processo está diretamente ligado à Prefeitura.
Em geral, os documentos requisitados são:
- RG e CPF,
- Comprovante de endereço,
- Se casado(a), certidão de casamento,
- Cópia do IPTU ou documento que conste a inscrição imobiliária ou a indicação fiscal do imóvel onde a empresa será instalada.
Ao concluir esse processo junto ao Cartório ou Junta Comercial, você obterá o seu CNPJ!
Agora que você já conhece o processo de abertura de uma empresa, é importante saber outras informações sobre o assunto. Confira:
Quanto custa abrir uma empresa?
O custo pode variar de acordo com o seu estado ou cidade. Dessa forma, é importante que você considere os custos durante o processo de abertura da empresa.
Em São Paulo, capital, por exemplo, as taxas da Junta Comercial e da Prefeitura somam cerca de R$400,00, para a maioria das empresas. Já no Rio de Janeiro, você pode pagar até R$1.500 para registrar a mesma empresa.
Quanto tempo demora para abrir uma empresa no Brasil?
A resposta dessa pergunta também depende da sua localização. Em geral, no Brasil, o tempo médio varia de 30 a 45 dias. Confira a tabela abaixo, que relaciona a cidade com o prazo médio de abertura:
Cidade | Prazo médio de abertura |
São Paulo | 30 dias |
Rio de Janeiro | 45 dias |
Belo Horizonte | 45 dias |
Curitiba | 45 dias |
Porto Alegre | 48 dias |
Dicas para ter uma empresa de sucesso
Se você já chegou até aqui na leitura desse artigo, já sabe tudo sobre como abrir uma empresa. Mesmo assim, é válido que você confira algumas dicas para manter um negócio de sucesso, confira:
Invista em capacitação
A consciência de que é sempre possível melhorar e aprender mais é muito importante. Por isso, especialize-se na área do seu negócio, faça cursos e participe de eventos (seminários, feiras e exposições) relacionados ao empreendimento.
Networking
A rede de contatos formada ao longo dos anos de trabalho pode ser fundamental para empreender. Muitas vezes, esses empreendedores já tiveram a oportunidade de conhecer fornecedores, concorrentes, clientes e consultores.
Organize as finanças
Um dos pontos principais para um negócio bem sucedido, é a organização financeira. Por isso, considere o lucro da empresa, evite gastos desnecessários e saiba investir no seu negócio.
Inove!
Criar produtos e serviços diferenciados é uma maneira de suprir as carências do mercado e as necessidades do consumidor. Existem várias estratégias que você pode usar para obter esse resultado. Você pode, por exemplo, incluir a permuta e o Cashback nos seus planos.
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