Discriminação de preço é a venda de diferentes unidades do mesmo produto por diferentes preços.
No mercado, a discriminação de preços já se tornou uma prática, uma vez que é muito comum o comércio elevar o lucro dos produtores ou vendedores.
Se por um lado a discriminação de preços só se torna possível quando alguns produtos se tornam exclusivos e, por essa razão, os comerciantes podem cobrar preços acima do custo limite, por outro lado há os consumidores desse mercado.
Teoricamente, não poderia haver essa forma de venda, contudo, a discriminação de preços existe e sua prática é realizada.
De acordo com a Lei 12.529/2011 no Art. 1º Esta Lei estrutura o Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência – SBDC e dispõe sobre a prevenção e a repressão às infrações contra a ordem econômica, orientada pelos ditames constitucionais de liberdade de iniciativa, livre concorrência, função social da propriedade, defesa dos consumidores e repressão ao abuso do poder econômico.
Infelizmente, existe sim a venda de um mesmo produto por preços diferentes, aproveitando ao máximo tudo o que o consumidor pode ou está disposto a pagar, de maneira que, ao vender um produto pelo maior preço possível, o comerciante consegue assim um maior excedente econômico.
Como funciona a discriminação de preços?
Imaginemos a seguinte situação: duas amigas estão num café conversando. Vamos chamá-las de amiga A e amiga B.
Num certo momento, a amiga A mostra uma bolsa que comprou por R$500,00. A amiga B diz que é muito cara e não pagaria este valor pelo produto em questão. Contudo, a amiga A diz que gostou tanto da bolsa que pagaria até R$ 550,00 pela peça.
Se o dono da loja de bolsas ouvisse a conversa das duas amigas poderia pensar de duas maneiras: que estaria perdendo um cliente, como a amiga B, que não pagaria o valor de R$550,00 pelo produto, ou que deixaria de lucrar com a amiga A, que pagaria até mais caro do que o valor cobrado.
Daí surge a discriminação de preços, que é uma das principais estratégias da precificação, de maneira a aumentar o resultado financeiro de negócios comerciais.
Isso acontece muito para comerciantes que usam essa estratégia quando algum produto/serviço pode ser vendido a diferentes clientes por preços diferentes, independente do custo associado ao produto.
Não se trata aqui em dizer se a discriminação de preços é antiética, trata apenas em mencionar como a venda de um produto pode ser bom, tanto para o cliente como para o comerciante.
Outro exemplo para se perceber a prática de discriminação de preços são os valores diferentes em lojas físicas e on-line ou o que acontece com as empresas aéreas e os hotéis que oferecem valores diferentes para clientes que pagam hospedagem com antecedência e, no caso de empresas aéreas, que também cobram valores diferentes para clientes que compram passagens aéreas nas promoções ou no balcão.
Ao estruturar essa prática, os comerciantes devem saber que o importante é não deixar os consumidores prejudicados em relação a outros. O ideal é que todos se sintam bem com as compras que fazem.
Quais são os 3 tipos de diferenciação de preços?
Os especialistas apresentam a discriminação de preços em três graus, sendo
a de primeiro grau ou discriminação perfeita de preços: o comerciante identifica as preferências de cada cliente e, da mesma forma, que as quantidades consumidas por cada consumidor.
Aqui também, podemos dizer que há uma discriminação por quantidade, ou discriminação de preços pelos tipos de produtos ou valores especificados, que é a prática de venda que leva em conta as unidades compradas.
Por exemplo: muitos supermercados usam essa forma para atrair clientes, ao comprar uma unidade o consumidor pagar X, caso compra mais de um ou da forma como o supermercado apresenta, pague Y. Desse modo, o preço por unidade varia pela quantidade.
a discriminação de preços de segundo grau ou precificação não linear: é quando o comerciante identifica quanto cada comprador adquire do bem, mas não sabe reconhecer quais são as preferências dos consumidores.
a discriminação de preços de terceiro grau ocorre da seguinte maneira: o comerciante sabe diferenciar os consumidores, conforme à sua busca ou à sua demanda, contudo, não consegue acompanhar o quanto cada consumidor é capaz de comprar.