Pensando em adquirir a tão sonhada casa própria, mas ainda não tem a quantia necessária para comprar um imóvel? Então, este artigo é para você!
Aqui, vamos te contar tudo o que você precisa saber sobre o SFH, o sistema financeiro de habitação.
O que é o SFH?
O Sistema Financeiro de Habitação é uma criação do Governo Federal de 1964, que tem como objetivo reduzir o déficit habitacional brasileiro. Isso quer dizer, então, que esse programa oferece crédito de longo prazo para a compra da casa própria.
Basicamente, é um tipo de financiamento que pode ser solicitado e destinado a três diferentes fins. São eles:
- Compra,
- Reforma,
- Construção de um imóvel.
Outra característica do SFH é que o seu público alvo são as pessoas de baixa renda. Por isso, as taxas de juros tendem a ser mais baixas nessa modalidade.
Dessa forma, o Sistema Financeiro de Habitação intermediado, principalmente, pela Caixa, tem como principais fontes de recursos o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e a Caderneta de poupança.
Vale lembrar que o programa Minha Casa Minha Vida também compõe o SFH.
Qual é a diferença entre SFH e SFI?
Se você já ouviu falar do SFH, provavelmente já ouviu falar do SFI. Mas, afinal, qual é a diferença entre eles?
De forma geral, a diferença entre o SFH e o SFI é que o primeiro é um programa do governo e o segundo, o Sistema Financeiro Imobiliário, permite a negociação entre clientes e instituições financeiras.
Em ambos casos, o montante é usado para aquisição, construção e reforma de imóveis.
Como funciona o SFH?
O Sistema Financeiro de Habitação estabelece algumas regras para liberar tal linha de crédito. Por isso, o financiamento pode ou não ser concedido ao solicitante. As principais regras para solicitar o SFH são:
- imóvel financiado não pode ultrapassar o valor de R$1,5 milhão, válido para todo o território nacional,
- o financiamento pode cobrir até 80% do valor do imóvel,
- o prazo é de até 35 anos (420 meses),
- os juros máximos são de 12% ao ano, conforme definido pela lei.
Além dessas regras, esse serviço pode vir acompanhado de algumas tarifas e da necessidade de contratação de diferentes seguros, exigidos para que o banco dê início ao processo. Os seguros exigidos mais comuns são:
- Seguro por Morte e Invalidez (MIP): é cobrado mensalmente, como parte do financiamento, e tem como objetivo garantir que a dívida seja liquidada, em caso de falecimento do comprador,
- Seguro Contra Danos Físicos do Imóvel (DFI): é calculado a partir do valor do imóvel e garante a indenização caso o imóvel sofra danos como alagamento, incêndio e desmoronamento.
Outra característica importante do SFH é que, para solicitá-lo, o comprador passa por uma análise de crédito, que visa certificar a sua capacidade de quitar o empréstimo. Dessa forma, essa análise deve constatar que o solicitante pode destinar parte da sua renda, até 30%, à compra do imóvel.
Quem tem direito ao SFH?
Antes de considerar a solicitação dessa linha de crédito, você deve saber quem sao as pessoas contempladas pelo programa. Para integrar esse grupo, você precisa:
- ser brasileiro, naturalizado ou ter visto permanente para estar no Brasil,
- não ter restrições em cadastros como Serasa, SPC, BACEN e Receita Federal,
- ter renda suficiente para pagar a prestação mensal,
- ter mais de 18 anos ou ser emancipado após os 16.
Além disso, o imóvel financiado não pode ser usado para fins comerciais ou para cobrar aluguel de terceiros, por exemplo.
Como financiar pelo SFH?
Se você pretende usar desse sistema para financiar a compra do seu imóvel, você passará pelos seguintes processos:
- Simulação do financiamento,
- Avaliação e aprovação de cadastro de crédito,
- Análise de engenharia para avaliar o valor do imóvel,
- Entrega de documentos e assinatura do contrato,
- Pagamento das prestações.
Vale ressaltar que é muito importante que você leia atentamente todas as cláusulas do contrato e mantenha em dia os pagamentos das parcelas.
Caso você queira usar o FGTS para quitar ou “aliviar” o valor da sua dívida com o SFH, fique atento às seguintes condições, que devem ser observadas no imóvel:
- ser moradia urbana usada ou nova,
- não ter pendências na matrícula por dívidas do vendedor,
- custar até R$ 1,5 milhão,
- não ter sido comprado com a utilização do FGTS nos últimos três anos.
Vale considerar, também, as condições impostas ao comprador nesse contexto:
- trabalhar, ao menos, três anos sob o regime do FGTS — podem ser somados períodos de trabalho consecutivos ou não, em uma ou mais empresas,
- não ter financiamento ativo no SFH em nenhum local do Brasil,
- não possuir outro imóvel residencial urbano, concluído ou em construção.
Além desses aspectos, você precisa conhecer as vantagens e desvantagens do Sistema Financeiro de Habitação antes de optar por ele!
Quais as vantagens e desvantagens do SFH?
O SIstema Financeiro de Habitação pode ser uma escolha muito interessante, visto que oferece as seguintes vantagens:
O dinheiro é liberado rapidamente
No SFH, o dinheiro costuma ser liberado logo após a aprovação do financiamento. Dessa forma, você terá acesso ao seu imovel mais rapidamente.
Juros mais baixos
Em comparação à taxa de juros de outras operações financeiras, o SFH possui um dos índices mais baixos. A média do mercado fica em torno de 10%, enquanto a desse programa não ultrapassa os 12% ao ano.
Prazo de até 30 anos para pagar
Ao optar pelo SFH, você pode parcelar a dívida em até 360 meses (30 anos), o que reduz ainda mais os valores das mensalidades.
Além disso, o contratante pode amortizar o financiamento ou quitá-lo a qualquer momento, diminuindo a duração do empréstimo.
Financiamento de até 80%
Ao escolher o SFH, o contratante pode obter montante de até 80% do valor do imóvel, restando apenas 20% a serem pagos como entrada. Além do mais, é comum que as instituições financeiras ofereçam aos clientes a opção de parcelar o valor da entrada.
Parcelas compatíveis com a renda
O valor das parcelas do financiamento com o SFH equivalem a, no máximo, 30% dos rendimentos mensais do contratante. Ou seja, o valor das parcelas não vai ultrapassar o seu orçamento mensal.
Casa Verde e Amarela
Devido às condições favoráveis, sobretudo em relação à taxa de juros baixa, o SFH compõe os programas habitacionais do governo, como a Casa Verde e Amarela (antigo Minha Casa Minha Vida).
E as desvantagens?
Mesmo que esse sistema conte com as várias vantagens citadas acima, ele também apresenta aspectos que podem não ser tão interessantes para algumas pessoas. São eles:
- não é possível financiar 100% do imóvel,
- o valor máximo do financiamento é determinado pelos estados,
- o FGTS só é liberado depois de 3 anos de serviço em carteira.
Vale a pena usar o SFH?
Sim! Mesmo com as desvantagens, o Sistema Financeiro de Habitação pode ser uma ótima escolha, tendo em vista as suas vantagens.
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