Um orçamento pessoal é o primeiro passo para um bom controle financeiro, essas ferramentas têm uma grande importância na estabilidade das suas finanças. Isso porque, com elas, você poderá administrar a sua renda e gastar o seu dinheiro de maneira equilibrada e planejada.
Por isso, neste post, vamos te ajudar a elaborar o seu orçamento pessoal com apenas 5 passos.
O que é um orçamento pessoal?
Como o nome já diz, o orçamento pessoal é uma ferramenta que tem como objetivo a administração consciente das suas finanças. Assim, em poucas palavras, esse mecanismo serve para que você não gaste mais do que ganha e que, dessa forma, não se endivide.
Além disso, o orçamento pessoal tem como vantagens os seguintes aspectos:
- Te ajuda a entender a sua situação financeira,
- Permite que você defina suas prioridades,
- Permite que você entenda os seus hábitos de consumo,
- Evita imprevistos, uma vez que prioriza o planejamento.
Provavelmente, você já percebeu que um orçamento pessoal pode ser muito benéfico para a sua vida financeira e que vale sim a pena elaborar o seu. Abaixo, você vai entender como essa ferramenta funciona, confira:
Como funciona um orçamento pessoal?
Um bom orçamento pessoal é simples e de fácil entendimento. Dessa forma, o ponto principal desse controle é manter as suas informações atualizadas.
Isso quer dizer, por exemplo, que você deve anotar todos os dados acerca da sua renda e dos seus gastos, por menores que sejam as suas movimentações.
Por causa disso, você deve adotar uma forma de controle das suas finanças com a qual você se sinta confortável, afinal, é essencial que você a consulte com frequência.
Onde elaborar o seu orçamento pessoal?
Confira os melhores meios de começar o seu controle financeiro:
Aplicativo para orçamento pessoal
Você pode optar por aplicativos de gerenciamento financeiro. Alguns dos melhores deles são:
Guia Bolso
O Guia Bolso consegue unificar todos os seus cartões e contas em um só lugar. Este app possui sincronização automática. Assim, você não precisa inserir os gastos e ganhos mensalmente.
No Guia Bolso, seus gastos e ganhos são categorizados por tipos e podem ser visualizados em gráficos dados pela própria plataforma.
O app ainda conta com um planejamento de metas de gastos, que funciona assim: no início do mês, você coloca o quanto pode gastar em cada categoria do orçamento. No decorrer do mês, o app vai te mostrar se você está conseguindo deixar a meta em dia.
A plataforma está disponível para download para Android e iOS.
Minhas Economias
O app Minhas Economias é 100% gratuito e pode ser usado na versão app ou na versão web.
Neste app, você conta com o Gerenciador de Sonhos, que te mostra quanto é necessário economizar para realizar seus objetivos.
A boa notícia é que para gerenciar suas finanças pelo app Minhas Economias, você não precisa estar conectado à internet, pois todos os registros ficam armazenados em seu smartphone.
A plataforma está disponível para download para Android e iOS.
Organizze
O app Organizze pode ser acessado por smartphone ou pelo computador.
Neste app, você pode receber alertas de todas as contas a serem pagas e pode controlar todas as suas contas de um só lugar.
O app é capaz de emitir relatórios com gráficos completos sobre suas finanças. Dessa forma, você consegue acompanhar sua vida financeira mês a mês.
A plataforma está disponível para download para Android e iOS.
Se você, porém, é mais tradicional e não se sente muito confortável com os aplicativos, não se preocupe! Ainda existem diversas opções:
Planilha de orçamento pessoal no Excel
Você pode encontrar diversas planilhas grátis de controle do seu orçamento na internet. Confira:
Além dessas opções, você pode elaborar a sua própria planilha, seja de forma online, ou mesmo no papel.
Pronto! Agora que você já sabe como o orçamento pessoal funciona, é hora de partir para a ação e criar o seu!
Como criar o seu orçamento pessoal em 5 passos?
Aprenda a elaborar o seu planejamento financeiro seguindo os passos abaixo:
- Conheça os seus rendimentos
O primeiro passo para elaborar o seu orçamento pessoal é conhecer detalhadamente os seus rendimentos. Por isso, é essencial que você saiba o quanto ganha para que você possa definir o seu poder de compra.
Nessa categoria, você deve incluir o seu salário, rendimento com aluguel ou aplicações financeiras e qualquer outro tipo de recebimento, como as rendas extras.
- Entenda o seu contracheque
Muitas pessoas não entendem o contracheque, porque ele indica o salário bruto, e não o que o trabalhador realmente recebe. Assim, é muito importante que você saiba interpretar os descontos (que podem ser adiantamentos, contribuição sindical, convênio médico, imposto de renda, INSS, alimentação, previdência privada e transporte).
Dessa forma, você poderá conhecer o seu salário líquido, que é o que realmente estará em sua conta.
Considere as seguintes questões para entender o seu contracheque:
- Qual é o seu salário bruto (antes da incidência dos descontos)?
- Quais os descontos que aparecem no seu contracheque?
- Que período de pagamento o seu contracheque cobre?
- Qual o valor atual do seu salário líquido?
- Quanto você estima receber (em salários) anualmente?
- Analise os seus gastos com atenção
Depois de entender com detalhes a sua renda, é hora de conhecer as suas despesas. O primeiro a se fazer é anotar as suas despesas fixas, que são gastos que não variam ou variam muito pouco mensalmente, como aluguel, condomínio, impostos fixos e mensalidades. As despesas fixas podem ser:
- Plano de TV, internet e celular,
- Plano de saúde e plano odontológico,
- Prestações de empréstimos e financiamentos,
- Seguros (imóvel, veículo, celular, etc.),
- Serviços por assinatura (Netflix, Spotify, Disney+, etc.),
- Serviço de limpeza e lavanderia,
- Impostos fixos (ex.: guia mensal do MEI e IPTU),
- Mensalidade da faculdade, academia, curso, etc.,
- Clubes de assinatura (livros, vinhos, roupas, etc.),
- Assinatura de produtos recorrentes (ex.: ração do cachorro ou gato),
- Mensalidades de serviços profissionais (professor particular, psicólogo, contador, etc.).
Também é importante que você considere as despesas variáveis, que são aquelas que variam de acordo com a frequência e intensidade do consumo. Alguns exemplos são:
- Alimentação,
- Transporte público ou combustível do carro,
- Serviço de babá/diarista,
- Estacionamento,
- Farmácia,
- Cuidados pessoais (produtos de higiene e ligados ao bem-estar),
- Produtos de limpeza,
- Utilidades domésticas,
- Produtos para pet em geral,
- Passeios e viagens,
- Idas a restaurantes e bares,
- Ingressos de cinema, teatro e museu,
- Livros, assinaturas de jornais e outros periódicos,
- Instrumentos e ferramentas,
- Serviços de beleza,
- Vestuário em geral,
- Delivery de comida,
- Serviços pay per view (PPV),
- Objetos de decoração,
- Presentes,
- Serviços de apps como Uber e 99.
- Compare os valores orçados e os valores reais
Agora que você já conhece a sua renda e os seus gastos, você pode comparar os valores orçados com a sua realidade. Ao fazer isso, você poderá entender a diferença entre esses aspectos e se adequar à sua realidade financeira, caso seja necessário.
- Defina suas metas
E o último passo para elaborar o seu orçamento pessoal é definir metas para a administração do seu dinheiro. Você pode considerar os seguintes aspectos:
- Corte gastos desnecessários e procure bons investimentos,
- Monte uma reserva de emergência,
- Priorize o pagamento das suas dívidas em aberto.
Mas é claro que as suas metas podem variar de acordo com os seus objetivos. Por isso, seja flexível e paciente!
Quais são os principais métodos de controle de orçamento?
Para facilitar o seu orçamento pessoal, você pode recorrer a diferentes métodos. Os principais deles são:
Método 60-10-10-20
Nesse modelo, 60% da sua renda são gastos com despesas básicas, ou seja, com o mínimo que você necessita para sobreviver. Exemplos:
- Alimentação,
- Gastos com a moradia,
- Conta de água.
Dos 40% restantes, 10% devem ser destinados a objetivos de curto e médio prazo (aqueles que serão realizados dentro de, no máximo, 5 anos).
Nesse percentual, você também deve incluir a reserva de emergência.
Os outros 10% devem ser destinados aos objetivos de longo prazo. Esse valor servirá para que você programe sua aposentadoria e metas maiores, como compra de um imóvel.
Já os últimos 20%, podem ser usados livremente, com gastos com supérfluos, lazer e viagens. Enfim, com o que você quiser.
Se você acha 60% pouco para despesas básicas, ou está vivendo acima do seu padrão de vida ou está considerando básico algo que não é.
Método dos 6 potes
Outro método muito eficiente é o dos seis potes, que funciona da seguinte maneira:
- 55%: para gastos básicos,
- 10%: para gastos com lazer,
- 10%: dinheiro que deve ser usado para o seu futuro. Você deve guardar essa porcentagem em algum investimento confiável, e só tirar quando atingir a independência financeira,
- 10%: investimentos em educação financeira e crescimento pessoal (livros ou cursos),
- 10%: para bens que trazem satisfação imediata, como carro novo, televisão ou celular,
- 5%: presentes e caridade.
Método 50-30-20
O método 50-30-20, divide a renda em 3 grandes grupos, da seguinte maneira:
- 50% – gastos essenciais: aqueles necessários para a sua manutenção no dia a dia, como alimentação, moradia, transporte, saúde e educação,
- 30% – qualidade de vida: esses gastos não são essenciais, mas podem tornar a sua vida mais confortável,
- 20% – prioridades financeiras: se você tem dívidas, a sua prioridade deve ser quitá-las. Se não, poupar para construir sua reserva de emergências. Se você já tem uma reserva financeira, poupe para alcançar outros objetivos.
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