Tudo o que você precisa saber sobre depreciação

Entenda tudo por trás desse conceito!

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O conceito de depreciação é essencial para quem quer entender melhor o mercado de capitais, bem como outros aspectos do mundo financeiro. Por isso, neste artigo, vamos te explicar tudo o que você precisa saber sobre depreciação!

O que é depreciação?

A depreciação é, basicamente, a perda de valor dos ativos ou bens de uma empresa em função do tempo. Dessa forma, esse conceito é baseado em quanto tempo o ativo se mantém operante ou necessário na linha de produção. 

Além disso, a depreciação é um cálculo contábil: é responsabilidade da empresa, ou de seus detentores, observar a legislação e executá-la durante o cálculo da incidência desse fenômeno sobre o bem.

Como acontece a depreciação de um bem?

A perda progressiva do valor de um bem pode acontecer por diversos motivos. Os principais são:

  • Desgaste natural,
  • Desgaste pelo uso,
  • Obsolescência.

Para entender a depreciação na prática, você pode pensar na incidência desse mesmo fenômeno sobre um celular, por exemplo. Geralmente, o seu tempo de vida é determinado pela sua funcionalidade, ou seja, quando ele deixa de funcionar. 

Além disso, a ação do tempo pode influenciar a sua forma de operação: quanto mais antigo for, mais lento o aparelho fica.

Assim, esse conceito contribui para a atualização do valor de um bem ao longo do tempo, uma vez que considera a porcentagem de sua depreciação no cálculo do novo preço.

Por isso, o valor do produto, mesmo que decrescente em função do tempo, nunca chegará a zero, já que sempre haverá um valor residual para o ativo.

Alguns exemplos de bens cujos valores são influenciados pela depreciação são: imóveis, automóveis e maquinário da empresa, os quais são, geralmente, mantidos no ambiente empresarial por um período superior a um ano.

O que é a taxa de depreciação?

A taxa de depreciação é o índice usado para deduzir o desgaste dos bens ao longo do tempo e para, assim, atualizar os seus valores. 

Essa taxa padroniza o cálculo da desvalorização do produto, independentemente da sua razão, conforme previsto pela Lei.

A principal função da taxa de depreciação é otimizar o cálculo do lucro contábil, cujo valor é afetado pelo mesmo índice. Desse modo, a empresa pode reduzir as suas pendências referentes ao IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica) e ao CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido).

Além disso, esse índice é uniforme de acordo com o tipo de bem. Isso significa que a depreciação de um imóvel, por exemplo, não depende do seu valor comercial ou de sua localização, visto que a taxa de depreciação é a mesma para todos os ativos de mesma categoria.

Será que todo bem é depreciável, então?

A resposta é não! A incidência da depreciação sobre um bem está relacionada à sua utilidade para as atividades da empresa.

Quais são os bens depreciáveis?

Os principais bens passíveis de depreciação são:

  • Imóveis usados para as atividades da companhia ou alugados e, portanto, geradores de renda,
  • Bens móveis cujo uso é essencial para o desempenho das atividades da empresa,
  • Máquinas e equipamentos,
  • Veículos usados tanto para execução das atividades da companhia, quanto para transporte de funcionários.

E os não depreciáveis?

Os bens que não sofrem depreciação, geralmente são aqueles que compõem a propriedade intelectual da empresa ou podem ser valorizados com o tempo. Alguns exemplos são:

  • Terrenos não relacionados à operação,
  • Marcas e patentes registradas pela empresa,
  • Direito de uso de software,
  • Ativos naturais, como produtos agrícolas e direitos de exploração de minérios.

Agora que você já entendeu a diferença entre bens depreciáveis e não depreciáveis, é hora de descobrir os diferentes tipos de depreciação!

Quais são os tipos de depreciação?

Os métodos usados para calcular a depreciação podem variar de acordo com a situação e estrutura das empresas. Assim, para que você entenda esse conceito na íntegra, é essencial que você conheça os diferentes tipos de depreciação:

Depreciação Linear

Esse tipo de cálculo é o mais comum entre os diferentes tipos de depreciação, uma vez que o seu método considera que o bem se desvaloriza aos poucos ao longo do tempo.

Além disso, essa é a forma mais simples de calcular tal desvalorização.

Depreciação Acelerada

A depreciação acelerada é mais comum em empresas que operam o seu maquinário por dois ou três turnos diários, ou seja, por estabelecimentos que usam suas máquinas por 16 ou, até mesmo, por 24 horas diárias.

Dessa forma a taxa de depreciação pode ser muito elevada: um bem cuja a taxa de depreciação por turno seja de 10%, por exemplo, no caso da depreciação acelerada, a sua taxa será de 15% no caso de turno de 16 horas e de 20% no caso de um turno de 24 horas.

Depreciação Acumulada

Esse tipo de cálculo considera a soma da depreciação de todos os bens de uma companhia: trata-se do valor que será apresentado no balanço patrimonial da empresa.

Depreciação Gerencial

A depreciação gerencial é normalmente usada para estabelecer um tipo de controle interno. Isso acontece porque ela é aplicada quando um bem  não é mais útil para a empresa, assim, tal produto pode ser repassado por um valor estabelecido pelo cálculo de tal índice.

Depois de entender toda a teoria por trás do conceito de depreciação, vamos partir para a prática e aprender a calculá-la:

Como calcular a depreciação?

Imagine que uma empresa comprou uma máquina de R$50.000,00. O estabelecimento pode considerar o custo total do ativo no primeiro ano ou descrever a sua desvalorização prevista para os próximos 10 anos.

Depois desses 10 anos, o produto valerá R$10.000 e será revendido.

Geralmente, é assim que as companhias realizam o cálculo de depreciação. A partir disso, o contador pode calcular a despesa de depreciação como a diferença entre o custo do bem e o seu valor de revenda, dividido pela vida útil do ativo.

Dessa forma, o cálculo ficaria assim:

  • Depreciação = (R$ 50.000 – R$ 10.000) / 10
  • Depreciação = 4.000

Esse resultado seria descontado do fluxo de caixa da empresa pelo contador, ao invés dos R$50.000 inteiros.

Assim, a companhia precisa considerar o desconto de R $4.000,00 em cima do lucro líquido. 

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