Na prática isso já acontece. Basta olhar em volta para perceber que muitas pessoas já não usam dinheiro em papel há muito tempo.
Outro indício bastante notório é que o volume de dinheiro em circulação vem caindo.
Na verdade, o uso do dinheiro, ou seja, o papel, as notas e as moedas estão cada vez mais deixando de fazer parte da rotina dos brasileiros.
O que está em alta sem dúvida é o crescente meio de pagamento eletrônicos, como cartões, aplicativos e carteiras digitais.
Vale ressaltar que, a partir de 2020, mudanças de hábitos em razão da pandemia e a chegada do Pix transformaram o comportamento financeiro de muitos brasileiros.
Com esse sistema de transferências instantâneas, o Pix, pagamento físico já não acontece mais com tanta frequência.
Não resta dúvida de que a pandemia e o Pix aceleraram os processos de inovação tecnológica.
Desse modo, a população começa a ter o habito de usar novos meios de pagamentos que não seja o papel moeda.
O Projeto de Lei 4068/20 determina a extinção do papel-moeda no País
Desde agosto de 2020, há um projeto de Lei 4068/20 que, além de propor a extinção do dinheiro vivo, determina que qualquer transação financeira seja feita apenas por meio digital.
Outra coisa: a produção, a circulação e o uso de notas com valor superior a R$ 50 ficarão proibidos até um ano após a aprovação da futura lei, abaixo desse valor, cinco anos.
A proposta é a extinção do papel-moeda no País.
De acordo com o texto em tramitação na Câmara dos Deputados, todas as transações financeiras ocorrerão apenas em meio digital. Será permitida a posse de cédulas para fins de registro histórico. (https://www.camara.leg.br/noticias)
Para amparar o projeto, deputados usam o seguinte argumento: a tecnologia já proporciona todas as condições para pagamentos e que o dinheiro em espécie apenas facilita a ação de “terroristas, sonegadores, lavadores de dinheiro, cartéis de drogas, assaltantes e corruptos”. (https://www.camara.leg.br/noticias)
O Pix veio para acabar com o dinheiro de papel?
Desde que foi criado pelo Banco Central do Brasil em novembro de 2020, o Pix, além de chegar no momento certo, teve uma aceitação geral da população.
Quem hoje não tem um celular, uma internet e uma conta digital?
Em razão da reunião desses fatores que o Pix foi amplamente aceito, uma vez que todos os cidadãos viram que não há meio mais prático para pagar uma conta e, até mesmo, enviar, instantaneamente, um dinheiro, qualquer quantia, para um amigo, um filho, um vizinho que precise.
Vale também ressaltar que durante a pandemia, época em que as pessoas ficavam em casa sem poder sair, o dinheiro impresso começou a ser menos usado, e o Pix facilitou a vida de muitos brasileiros; as pessoas podiam fazer seus pagamentos, sem precisar sair de casa.
Atenção!
Segundo dados da Associação Brasileira de Bancos – Febraban, com base em números do Banco Central, e publicado em novembro de 2022, o Pix se consolida como meio de pagamento mais usado pelos brasileiros.
Nos últimos dois anos foram feitas 26 bilhões de transações pela ferramenta de pagamento instantâneo e movimentado R$ 12,9 trilhões
o Pix se consolidou como o meio de pagamento mais usado pelos brasileiros.
Desde 16 de novembro de 2020, data em que a ferramenta começou a funcionar no país, até o último dia 30 de setembro deste ano foram 26 bilhões de transações feitas no sistema financeiro nacional e a movimentação chegou a R$ 12,9 trilhões. (https://www.gov.br/)
Para os especialistas financeiros, o Pix é o primeiro passo dado pelo Banco Central para acabar com o dinheiro físico no país.
A tendência agora é: chaves Pix, QR Code irão substituir outros meios de pagamento e transferências, ampliando a digitalização do sistema financeiro.
5 razões para você acreditar que o dinheiro em papel vai acabar
É inegável a forte tendência do dinheiro digital
Os meios digitais de pagamento começaram a ser adotados até mesmo em locais que somente o dinheiro em espécie seria possível.
Hoje, é possível fazer pagamentos em cabines de pedágios, catracas de transportes urbanos, nas feiras, todo feirante tem sua conta digital e, até mesmo, em igrejas.
1. O dinheiro de papel custa caro
Uma boa razão para eliminar o dinheiro de papel é seu alto custo de produção. Para se fazer dinheiro, é preciso de um alto custo de produção.
A título de exemplificação, para imprimir apenas cédulas de R$ 200,00 e R$ 100,00 custa ao Tesouro Estadual mais de R$ 114 milhões.
Com os pagamentos digitais, todas essas taxas são eliminadas e a moeda fica mais barata para circular no país.
Sem mencionar o fato de que, em 2019, o Banco Central gastou R$ 90 bilhões apenas com transporte, armazenamento e segurança de cédulas.
O Brasil e o mundo caminham diretamente à direção mais digital.
2. O dinheiro de papel é típico da informalidade:
Segundo IBGE, o mercado informal registra uma taxa de idade de trabalho brasileiro de aproximadamente 40%, em junho de 2020.
Isso quer dizer que mais de 1/3 dos trabalhadores do país não possuem carteira assinada, MEI ou qualquer tipo de garantia. Com isso, o dinheiro de papel só contribui para agravar essa situação.
É preciso emitir sempre a nota fiscal, no entanto, no momento em que as transações são feitas em papel moeda, muitas vezes não há emissão de nota fiscal ou registro da operação. Para a economia isso significou um rombo de mais de R$ 1 trilhão no PIB em 2019.
Para especialistas, o dinheiro em espécie facilita a corrupção que já se tornou um dos problemas mais graves do país. O dinheiro em espécie facilita a corrupção no país.
Não se pode dizer a mesma coisa com o dinheiro digital, uma vez que é mais fácil de ser fiscalizado e pode representar um avanço importante no combate à corrupção e lavagem de dinheiro no Brasil.
3. Forte crescimento de pagamentos digitais
Por meio dospagamentos digitais, gastos são eliminados e fica mais barato fazer o dinheiro circular no país. Trata-se, dessa forma, de um claro sinal da possibilidade do fim do dinheiro de papel.
4. O pagamento digital é mais inclusivo
O país ter um meio de pagamento inclusivo permite que a maioria da população possa ser ativa e pagar suas contas de forma rápida, conveniente e acessível.
Isso porque de um lado estão os consumidores e a possibilidade de adquirir bens e serviços de maneira acessível.
De outro estão os e-commerces que aos poucos começam a se adaptar para conseguir oferecer aos seus consumidores o que eles demandam. Uma das razões para o crescimento da inclusão é a interação entre clientes e o comércio eletrônico.
5. O real digital está chegando: o Banco Central está desenvolvendo a emissão do Real Digital para a moeda brasileira ser usada no ambiente tecnológico
Uma das motivações para a implementação do Real Digital é a ampliação das formas de negociação financeira entre as pessoas.
A proposta é acompanhar a tendência mundial de lançamento de CBDCs (Central Bank Digital Currencies), que são moedas digitais nacionais emitidas por bancos centrais.
Essas moedas funcionam da mesma maneira que as moedas tradicionais, contudo, elas não têm a necessidade de impressão do papel-moeda.
Segundo o Banco Central, a criação da moeda digital irá auxiliar os pagamentos digitais, facilitar transferências internacionais e, é claro, aumentar a inclusão financeira por meio dos celulares.